FEDRO - Platão(2º Discurso de Sócrates)
O amor é então concebido em função de seu carácter irresistível, e da sua força destemperada.
Desse modo, há uma crítica ao desejo, tornando a potencia de Eros, por definição, condenável ou censurável.
A partir desta crítica ao desejo e ao amor do amante, inicia-se o Segundo Discurso Socrático.
A refutação socrática do discurso de Lísias que condena o amor-paixão e defende um amor sem eros, pretende demonstrar que o delírio e a possessão divina representam antes um benefício ou um dom.
Dádiva dos deuses e fonte de sabedoria, a loucura divina se distingue da loucura vulgar, cuja causa é devida às doenças do corpo.
É da mania divina que provém nossos maiores benefícios: é ela que inspira as profetizas de Delfos e os poetas (244a-245a).
No Segundo Discurso de Sócrates no Fedro, este irá tecer uma série de considerações acerca da Mania, ou loucura inspirada pelas musas.
Neste diálogo desenvolvem o tema do amor e da loucura do apaixonado, que fora de si, fica com o seu entendimento escravo da paixão e incapaz de ser sensato ou racional.
A arte de adivinhar o futuro chama-se maniké, arte delirante
Aqui delírio é uma virtude porque é inspirada pelos deuses
A loucura inspirada pelos deuses é, por sua beleza, superior à sabedoria de que os homens são autores
Sócrates afirma, que ainda assim, há um tipo de Loucura que não resulta num mal, e essa loucura é a que é inspirada pelos deuses.
Ex.: Delírio das profetizas de Delfos
Há uma loucura dessa natureza, que é a loucura inspirada pelas Musas.
245b “Seja quem for que, sem a loucura das Musas, se apresente nos umbrais da Poesia, na convicção de que basta a habilidade para fazer o poeta, esse não passará de um poeta frustrado, e será ofuscado pela arte poética que jorra daquele a quem a loucura possui.”
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